segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Neurociência Cognitiva



Para que se possa compreender o trabalho dos neurocientistas cognitivos é fundamental saber o que vem a ser cognição.  Segundo a sua etimologia, origina-se do Latim cognitio onis, que significa origem, aquisição de um conhecimento, percepção. É a capacidade de adquirir conhecimento por meio da aprendizagem (FÓZ, 2010, p.170).
Uma definição breve e objetiva do termo é: “Cognição refere-se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, capacidade de resolução de problemas, entre outras funções”.[1]
            De uma maneira simples, pode-se dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, pensa, aprende e recorda sobre toda informação captada por meio dos cinco sentidos, essenciais para o desenvolvimento intelectual.
Neste processo de adquirir conhecimentos está envolvido todo o nosso sistema sensorial, um dos principais responsáveis por captar todas as informações do ambiente e levá-las ao nosso cérebro.
Todas as tarefas que diariamente realizamos necessitam da atividade cerebral. Para ler e compreender um texto, calcular um orçamento, anotar um recado para um colega, conversar com uma pessoa, saber que azul é uma cor e que ônibus é um meio de transporte, lembrar o caminho de casa, reconhecer alguém e lembrar seu nome, são algumas de uma infinidade de funções que nosso cérebro exerce no cotidiano.
O cérebro se modifica com o treinamento e a aprendizagem. A neuroplasticidade provoca mudanças na transmissão de informações entre os neurônios, tornando-os ativos ou inativos, de acordo com as necessidades impostas pelo ambiente externo ou pelas próprias operações mentais.
Quanto menos se usa uma função cerebral pior ela fica e quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade melhor ele é capaz de realiza-la. Sabendo disso, é importante manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso favorecendo a atividade mental rica e variada, com a pratica das mais variadas funções cognitivas.
Dado que o aprendizado depende do uso, somente são desenvolvidas aquelas funções que são efetivamente usados com sucesso. Passar todas as horas do dia lendo, fica-se muito bom em atividades que envolvam a linguagem, mas não desenvolverá habilidades motoras ou de resolução de problemas, por exemplo. Exercitar a memória é ótimo, mas não treina diretamente o raciocínio necessário para resolver problemas.


[1] Ciência do cérebro: Disponível em:< http://cienciadocerebro.wordpress.com/2012/09/05/o-que-e-desenvolvimento-cognitivo/>. Acesso em: 25 de out. 2014.

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