segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Função Cognitiva: Memória



É a faculdade de se representar o que foi vivido, sentido e aprendido no decorrer da vida de uma pessoa. Ela surge como um processo de retenção de informações, no qual as experiências vividas são arquivadas e recuperadas quando preciso. Portanto, a memória forma a base para a aprendizagem que é a aquisição de novos conhecimentos e, assim sendo, retém esses conhecimentos aprendidos (CARDOSO, 1997).
Para Izquierdo (2002, p. 09):

Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a invocação de informações. A aquisição também é chamada de aprendizagem: só se ‘só se grava’ aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que é aprendido

O bom funcionamento da memória depende inicialmente do nível de atenção. Roberto Lent relata que "a atenção pode amplificar uma informação fazendo com que ela se torne mais discernível; a emoção pode diminuí-la ou mesmo bloqueá-la, impedindo que seja percebida”.
O primeiro passo para se lembrar de uma coisa é registrá-la. O registro é uma forma de entrada de dados.  A falta de atenção, pula essa etapa e não é registrada nada na memória, não haverá nada para ser lembrado.  A concentração também está a serviço do registro. Uma mente livre de distrações e preocupações, afeta de maneira favorável à capacidade de concentrar-se naquilo que deseja lembrar.
Para Cardoso (1997) a memória não se localiza em uma estrutura isolada do cérebro, sendo um fenômeno biológico e psicológico, ela envolve uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam juntos.
A memória pode ser classificada em:
i.            Memória sensorial: Corresponde ao armazenamento de informações de todo tipo que chegam até os sentidos. Uma memória sensorial pode existir para qualquer um desses canais sensoriais: Memória visual; Memória auditiva; Memória tátil; Memória olfativa e Memória gustativa. Este tipo de memória não decorre do campo da consciência e a sua representação é somente sensorial. 
ii.            Memória Curto Prazo: Também conhecida como memória de trabalho. Conforme Atkinson-Schiffrin (1968 cit. Por Fiori), a memória de curto prazo vem na sequência da memória sensorial, ou seja, quando a informação é julgada importante, os itens que foram selecionados pelos processos da atenção, são armazenados na memória de curto prazo com duração entre 30 minutos a 6 horas. Encontrada nas regiões neocórtex, incluindo o frontal, temporal, lateral e parietal. Estas áreas são conhecidas por serem importantes na percepção e processamento inicial de novas informações e da interação com o hipocampo e a amígdala.
iii.            Memória Longo Prazo: Se a informação passar pelos primeiros dois estágios, ela será processada e encontrar um lugar na memória de longo prazo. A memória de longo prazo é a que retém de forma definitiva a informação, permitindo sua recuperação ou evocação. Nela estão contidos todos os nossos dados autobiográficos e todo nosso conhecimento. Sua capacidade é praticamente ilimitada[1]. O hipocampo desempenha um papel fundamental na formação das memórias de maior duração, porém não é possível facultar a uma única área cerebral a responsabilidade do armazenamento de toda a informação que aprendemos.
Estudos mostram que nossa memória melhora com a prática e jogos de memória é uma ótima maneira de se conseguir isso, e de se proteger do declínio cognitivo.


[1] Memória. Disponível em:< http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/memoria/> Acesso em 28 out. 2014.

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