Função Cognitiva: Memória
É a faculdade de
se representar o que foi vivido, sentido e aprendido no decorrer da vida de uma
pessoa. Ela surge como um processo de retenção de informações, no qual as
experiências vividas são arquivadas e recuperadas quando preciso. Portanto, a
memória forma a base para a aprendizagem que é a aquisição de novos conhecimentos
e, assim sendo, retém esses conhecimentos aprendidos (CARDOSO, 1997).
Para Izquierdo (2002, p. 09):
Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a
invocação de informações. A aquisição também é chamada de aprendizagem: só se
‘só se grava’ aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de
recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo
que é aprendido
O bom funcionamento da memória depende inicialmente do nível de atenção.
Roberto Lent relata que "a atenção pode amplificar uma informação fazendo
com que ela se torne mais discernível; a emoção pode diminuí-la ou mesmo
bloqueá-la, impedindo que seja percebida”.
O primeiro passo para se lembrar de uma coisa é registrá-la. O registro é
uma forma de entrada de dados. A falta
de atenção, pula essa etapa e não é registrada nada na memória, não haverá nada
para ser lembrado. A concentração também
está a serviço do registro. Uma mente livre de distrações e preocupações, afeta
de maneira favorável à capacidade de concentrar-se naquilo que deseja lembrar.
Para Cardoso (1997) a memória não se localiza em uma estrutura isolada do
cérebro, sendo um fenômeno biológico e psicológico, ela envolve uma aliança de
sistemas cerebrais que funcionam juntos.
A memória pode ser classificada em:
i.
Memória sensorial: Corresponde ao armazenamento
de informações de todo tipo que chegam até os sentidos. Uma memória sensorial
pode existir para qualquer um desses canais sensoriais: Memória visual; Memória
auditiva; Memória tátil; Memória olfativa e Memória gustativa. Este tipo de
memória não decorre do campo da consciência e a sua representação é somente
sensorial.
ii.
Memória Curto Prazo: Também conhecida como
memória de trabalho. Conforme Atkinson-Schiffrin (1968 cit. Por Fiori), a
memória de curto prazo vem na sequência da memória sensorial, ou seja, quando a
informação é julgada importante, os itens que foram selecionados pelos
processos da atenção, são armazenados na memória de curto prazo com duração
entre 30 minutos a 6 horas. Encontrada nas regiões neocórtex, incluindo o
frontal, temporal, lateral e parietal. Estas áreas são conhecidas por serem
importantes na percepção e processamento inicial de novas informações e da
interação com o hipocampo e a amígdala.
iii.
Memória Longo Prazo: Se a informação passar
pelos primeiros dois estágios, ela será processada e encontrar um lugar na
memória de longo prazo. A memória de longo prazo é a que retém de forma
definitiva a informação, permitindo sua recuperação ou evocação. Nela estão
contidos todos os nossos dados autobiográficos e todo nosso conhecimento. Sua
capacidade é praticamente ilimitada[1]. O
hipocampo desempenha um papel fundamental na formação das memórias de maior
duração, porém não é possível facultar a uma única área cerebral a responsabilidade
do armazenamento de toda a informação que aprendemos.
Estudos mostram que nossa memória melhora com a prática e jogos de
memória é uma ótima maneira de se conseguir isso, e de se proteger do declínio
cognitivo.
[1] Memória.
Disponível em:< http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/memoria/>
Acesso em 28 out. 2014.

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial